RESOLUÇÃO Nº 001/2011
Determina o Registo de Patrimônio Cultural e Imaterial do Município de Campos dos Goytacazes e dá outras providências. O presidente do Conselho de Preservação do Patrimônio Municipal - COPPAM - no uso das atribuições que lhe confere o Artigo 3º da Lei 7.527, de 19 de dezembro de 2003, alterada pela Lei 8.151, de 26 de março de 2010, e em cumprimento o que estabelece o Artigo 172, inciso II, letra “f”, da Lei Orgânica do Município, e o Artigo 30, inciso IX da Constituição da República,
PATRIMÔNIO CULTURAL E IMATERIAL DO MUNICÍPIO
DOCE CHUVISCO
Artigo 2º - Fica a cargo da Secretaria Municipal de Cultura e do COPPAM - Conselho de Preservação do Patrimônio Municipal -, de acordo com o Artigo 226 e 229 da Lei Municipal 7972, de 31/03/2008, o desenvolvimento de projetos, (através da Fundação Cultural Jornalista Oswaldo Lima; Fundação Teatro Municipal Trianon e Fundação Cultural Zumbi dos Palmares, das casas de cultura e centros culturais e demais instituições do Sistema Municipal de Cultura) de valorização cultural pertinentes a este ato.
§ Único - Sejam os incisos do artigo anterior lançados no Livro de Tombos.
Artigo 3º - Esta resolução entrará em vigor na data de sua publicação, revogando-se as disposições em contrário.
Campos dos Goytacazes, 27 de Dezembro de 2011.
ORAVIO DE CAMPOS SOARES
- Presidente do COPPAM -
HISTÓRICO - Este doce que é conhecido no Brasil inteiro e faz parte da tradicional culinária campista é de origem portuguesa, e foi trazido de Portugal pela Família Imperial. As portuguesas são notáveis na habilidade de preparar doces utilizando-se da gema e da clara de ovos. No Brasil somente, as campistas e as gaúchas de uma forma geral dominaram a arte de fabricar além dos chuviscos a ambrosia e o papo de anjo.
Em meados do século passado, em Campos dos Goytacazes, Nize Teixeira de Vasconcelos, conhecida como Mulata Teixeira, era a doceira mais famosa da cidade, tanto que foi convidada a fazer o chuvisco para diversas autoridades públicas que visitaram este município, entre as quais o ex-presidente da República, Getúlio Vargas. Este doce agradou tanto ao paladar do ex-presidente que ele fez questão de levar potes e mais potes para o Palácio do Catete, onde residia. Além disso, diversas autoridades do município, quando desejavam presentear amigos distantes em outros estados e países, como na Europa, levavam na bagagem o chuvisco, como um referencial de Campos dos Goytacazes.
Em meados do século passado, em Campos dos Goytacazes, Nize Teixeira de Vasconcelos, conhecida como Mulata Teixeira, era a doceira mais famosa da cidade, tanto que foi convidada a fazer o chuvisco para diversas autoridades públicas que visitaram este município, entre as quais o ex-presidente da República, Getúlio Vargas. Este doce agradou tanto ao paladar do ex-presidente que ele fez questão de levar potes e mais potes para o Palácio do Catete, onde residia. Além disso, diversas autoridades do município, quando desejavam presentear amigos distantes em outros estados e países, como na Europa, levavam na bagagem o chuvisco, como um referencial de Campos dos Goytacazes.
Como a fabricação do doce era uma febre na planície, algumas indústrias resolveram industrializar o doce, produzindo em larga escala, tanto em calda como cristalizado. Entre as indústrias que surgiram na planície, podemos destacar a Fábrica de Chuviscos Gotary - uma das primeiras - que encerrou suas atividades ainda no século passado; atualmente o doce é produzido pela empresa Doces Nolasco e Doces Caseiros Boas Novas, além de outras docerias como a M.EU. DOCE e Mary & Quel. Além dessas docerias e fábricas, o doce é produzido de forma artesanal e caseiro por diversas cozinheiras de mão cheia, residentes em diversos pontos do município que fabricam o doce por encomenda, para as festas de casamento, aniversário, batizado, e jantares especiais.
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