sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Jongo

RESOLUÇÃO Nº 001/2011
Determina o Registo de Patrimônio Cultural e Imaterial do Município de Campos dos Goytacazes e dá outras providências. O presidente do Conselho de Preservação do Patrimônio Municipal - COPPAM - no uso das atribuições que lhe confere o Artigo 3º da Lei 7.527, de 19 de dezembro de 2003, alterada pela Lei 8.151, de 26 de março de 2010, e em cumprimento o que estabelece o Artigo 172, inciso II, letra “f”, da Lei Orgânica do Município, e o Artigo 30, inciso IX da Constituição da República,

PATRIMÔNIO CULTURAL E IMATERIAL DO MUNICÍPIO


Artigo 2º - Fica a cargo da Secretaria Municipal de Cultura e do COPPAM - Conselho de Preservação do Patrimônio Municipal -, de acordo com o Artigo 226 e 229 da Lei Municipal 7972, de 31/03/2008, o desenvolvimento de projetos, (através da Fundação Cultural Jornalista Oswaldo Lima; Fundação Teatro Municipal Trianon e Fundação Cultural Zumbi dos Palmares, das casas de cultura e centros culturais e demais instituições do Sistema Municipal de Cultura) de valorização cultural pertinentes a este ato.
§ Único - Sejam os incisos do artigo anterior lançados no Livro de Tombos.
Artigo 3º - Esta resolução entrará em vigor na data de sua publicação, revogando-se as disposições em contrário.
Campos dos Goytacazes, 27 de Dezembro de 2011.
ORAVIO DE CAMPOS SOARES
- Presidente do COPPAM -

HISTÓRICO - Em Campos e na região Norte e Noroeste Fluminense, o jongo sempre foi, tradicionalmente, cantado e dançado por negros oriundos da escravidão, não se estabelecendo o tempo de seu início, mas pode-se imaginar que os primeiros jongueiros vieram para o Brasil, oriundos de Angola, e aqui desenvolveram esta cultura e a mantiveram mesmo depois da abolição da escravatura. O nosso grupo conseguiu, até agora, catalogar mais de 100 pontos de jongo, através de entrevistas com velhos aficionados dessas manifestações e a perspectiva é a de que possamos, a médio e longo prazos, recolher, pelo menos, 200 a 300 composições que muito podem contribuir, a partir da sociolingüística, com o pensamento e a inspiração dos negros escravos ou livres nos últimos 120 anos. Nas reuniões de avaliação os alunos bolsistas salientam, sempre a importância da pesquisa científica e os resultados que podem oferecer, pelo ponto de vista antropológico. Uma dificuldade encontrada pelos alunos bolsistas, principalmente no interior é o esvaziamento das antigas zonas de produção. Constatou-se que os cultores das chamadas raizes culturais estão hoje, em decorrência do êxodo rural, espalhados pelos núcleos favelados das franjas da cidade.

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